quinta-feira, 11 de junho de 2009

To boldly go where no Man has gone before... 4

Jornada nas Estrelas - Generations (Star Trek - Generations) 1994
O filme que poderia não ter sido, segundo alguns. Não que o filme seja ruim, pelo contrário. É bom. Mesmo. Mas tem um defeito. É aqui que morre James Tiberius Kirk. Mas eu concordo parcialmente com essa visão com a qual inicie esse artigo. Morre o personagem, mas não a lenda. Acho que foi essa a ideia dos envolvidos: a morte de Kirk teria que ser mostrada pela importância histórica do personagem. Mas o problema, segundo alguns, foi como ocorreu a morte, ou mortes. Bom, vamos aos fatos. Parte da antiga tripulação é convidada a prestigiar a inauguração da Enterprise B e, claro, ocorre um problema. Eu diria que a nave não estava preparada, tampouco seu capitão. Kirk toma a frente e salva uma porção de El-aurianos de uma onda de energia estranha. Entre eles estava Guinan - médium de Patrick Swayze num antigo e conhecido filme e futura atendente no bar da Enterprise D - e Soran, um cientista meio doido para o qual ninguém dá atenção no momento. Bom, o fato é que essa onda de energia acaba pegando a nave, exatamente no trecho onde Kirk tinha decido para manualmente ativar um processo que possibilitaria o salvamento do povo citado antes. Nesse momento morre, históricamente, o personagem James T. Kirk. Morre heróicamente, claro. Corta para o futuro, e vemos a próxima geração de tripulantes da Enterprise que, sob o comando de Patrick Stewart - ops - Picard, encontram-se homenageando o klingon Worf e tendo que ir salvar uma estação espacial com problemas. Quem está lá? Soran, claro. O que o cara quer é destruir uma estrela e por tabela matar a população inteira de um planeta para fazer com que a tal onda de energia lá do começo. Essa onda, chamada Nexus, é como que uma dimensão atemporal onde uma pessoa revive realidades próprias de sua imaginação: um paraíso para os que querem fugir da realidade. Picard tenta impedir o figura, mas não consegue, tudo vai para o saco e ele é engolido pelo Nexus. Lá ele troca uma ideia com Guinan, que está lá por causa das frações de segundos que passou antes de sua nave ser salva por Kirk. Aliás, Kirk também está lá, e é convencido por Picard a voltar e impedir o plano de Soran. Até aí tudo bem, descobrimos que Kirk não havia morrido, ou havia morrido mais ou menos. O que pesou para muitos foi o fato de ele morrer (pela 2a vez) embaixo de destroços após ter caído dum penhasco. A cena é realmente pouco heróica: dois tiozinhos lutando contra um figura com mais de 100 anos, e no final das contas só sobra o careca. O que muitos não veem é que essa foi a morte do personagem, mas SEM a importância histórica. Kirk dá a vida pelo que sempre lutou, pela justiça e pela chance que as pessoas têm de viverem suas vidas. Ele morre para que Picard possa realmente ser o capitão da Enterprise na continuação da franquia. Mas para mim o que importa é a mensagem do filme: a cadeira no centro da ponte da Enterprise deve pertencer somente ao capitão mais bem preparado da Frota, aquele que conhece suas forças e suas fraquezas; e parece que tem que ser reconhecido por Kirk. John Harriman só se mostra apto a sentar na cadeira de capitão da Enterprise B quando reconhece suas limitações e recebe a baliza de Kirk; até seu jeito de comandar muda a partir desse momento. Picard então, apesar de ser reconhecidamente capaz, também precisaria receber a aprovação de Kirk. E é para isso que esse filme foi feito. E o resto? Bem, o resto, como dizem por aí, o resto é história...

Um comentário:

Rob Seixas disse...

Bom, pelo que entendi, Guinan é personagem de Whoopi Goldberg, que foi médium em ghost. Agora intindi, hehehehe...
É bastante chato quando um personagem querido e popular do público bate as botas. Sem dúvida, a personagem acaba fazendo falta em outros episódios da série...