quarta-feira, 22 de julho de 2009

O Poder e a Amizade: Mai Otome

Coincidentemente, próximo à data em que foi comemorado o Dia do Amigo estava eu assistindo a um anime que trata, basicamente, do tema amizade.

Mai Otome, série derivada de Mai Hime (que eu não vi ainda), trata de uma adolescente, Arika, que chega a uma academia de Otomes, e que lá trava amizade com outras meninas que carregam o mesmo sonho que ela.... Ok, o splot não empolga muito e o começo é meio school-life, parece anime de menina. Mas acaba valendo pelas risadas - muitas risadas. Mas o negócio começa a ganhar uma profundidade insana, e de repente percebe-se a caracterização de anime como um drama shounen.

Vamos lá. Arika é orfã, e só com o passar dos episódio, com imagens recuperadas em memória por outros personagens, é que começamos a perceber a real história da menina. Criada pela avó, ela fica sabendo que sua mãe era uma famosa Otome, mulheres guerreiras que tiram seu poder de contratos 'mágicos' pactuados com chefes de estado mundo afora. Elas servem como chefes do exército, mas são capazes de causar mais dano que o próprio exército, materializando armas, voando, etc., graças a Mantos criados por nanomáquinas implantadas em sua corrente sanguínea. A contrapartida dessa relação com os chefes de estado é que mestre e otome compartilham os danos da batalha. Se um morrer, o outro morre também. Essa tecnologia é proveniente de remanescentes terráqueos que eras antes chegaram ao planeta onde se passa a história. E é essa tecnologia, restrita à academia otome, que causa a crise que guiará o anime. Se a tecnologia que permite a existência das otomes fosse espalhada, muitos males poderiam ser evitados, bem como muitos males poderiam ser atiçados. Então há uma cisão no entendimento do que é feito, e do que deveria ser feito com essa tecnologia.

Mas eu me perdi em algum momento ^^". Arika vai, então, à academia, e lá, após muitas confusões, consegue uma vaga. Suas colegas de quarto são Nina Wong, filha adotiva de um general de um país vizinho e que odeia Arika por não ter precisado passar pelas duras provas seletivas da academia; e Erstin, menina misteriosa e aparentemente meio parva, protagonista de uma das cenas mais dramáticas da série. A improvável amizade que surge entre elas, os desencontros e as desgraças que acompanham suas vidas ditarão os rumos do futuro do mundo.

Outro ponto é que durante todo o anime, a pergunta frequentemente feita é: O que é uma Otome? E eu percebi que as respostas, quando havia resposta, eram sempre diferentes, já que o ser algo está dentro de cada um de nós. Mas fui percebendo que uma otome é um poder. E o poder geralmente corrompe. Entenda, elas não são o poder em si, mas o instrumento. É como o Um Anel de Sauron. Ele por si só não é poder, mas possui-lo aparentemente indica ter o poder. E todos querem ter uma Otome, e se não for possível, roubar o poder que elas usam.

Outra característica, que no início é meio estranha pela classificação do anime, é a tensão sexual entre os personagens, primeiramente notado entre as alunas e professoras da academia. Pensei nisso como o escancarar de portas do que ocorre em um santuário feminino, afinal elas são como que sacerdotizas, e a energia sexual adolescente ali deve acabar sendo canalizada para alguma coisa, não? Mas então a coisa descamba para fora dos círculos acadêmicos. Entenda-se aqui que não há menção nenhuma à coisa, e pouquíssimas insinuações. Não é esse o tema do anime. Há relação homossexual entre 2 personagens importantes, mas nada é descarado. Aliás, no anime o sexo é relacionado de duas formas, como acontece na realidade: como maneira de expressar o amor; e como maneira de obter ganhos políticos. A verdade nua e crua, com o perdão do trocadilho.

Resumindo, é um anime que surpreende, empolga, bem acima da média, e que os levará a buscar a sequência Mai Zhime Zwei, e a prequência Mai Otome S.ifr. Seguem as duas aberturas, que já foi dito que a abertura diz o anime a que vem. Abraços.




terça-feira, 14 de julho de 2009

To boldly go where no Man has gone before... 5

Jornada nas Estrelas - Primeiro Contato (Star Trek - First Contact) 1996
Já disse aqui que não gosto de Borgs? Bom, não suporto. Nem as histórias. E os inimigos aqui são justamente os borgs. Já de uniforme novo e nave de última geração, a Enterprise E, Picard e sua turma... adivinha? Voltam no tempo! Sério.. sem brincadeiras. Mas dessa vez foi sem querer, indo no rastro de uma nave remanescente de um cubo borg destruído em batalha. Nossa querida nave e sua tripulação acabam indo para um dia antes do Primeiro Contato, o dia em que Zefram Cochrane voou com a Phoenix para testar a dobra espacial pela primeira vez. Em decorrência disso, alguns Vulcanos dando um rolezinho pelo sistema resolvem descer na Terra e dar uma olhada nos humanos, que até ontem mesmo pareciam não merecer sequer uma piscadela. Como esse encontro foi o primeiro passo para a criação da Federação Unida de Planetas e para a evolução social da espécie humana terráquea, os borgs querem estragar tudo. Claro que Picard, com a ajuda de Data, os impede, e de quebra acaba com aquela que parece ser a "rainha" da comeia borg. Bom, o filme vale pelos momentos divertidos de LaForge e Riker com Cochrane, pela personagem Lilly chamando as miniaturas das Enterprises na sala de Picard de "navezinhas", e pela humilhante enganação sofrida pelos borgs nas mãos de Data.

Jornada nas Estrelas - Insurreição (Star Trek - Insurrection) 1998
Na minha opinião o melhor com a Nova Geração. Aqui há o conflito filosófico "minha espécie" x "outras espécies" que tornou célebre a série desde os já longínquos anos 60. Em um planetinha obscuro, fora do caminho de todo o mundo, no meio de uma nuvem de poeira intragável, vivem os remanescentes de uma espécie antiga e sábia. Eles sabem muito sobre a tecnologia contemporânea, mas preferem viver de maneira bucólica. Eles são os Baku, e ninguém ligaria a mínima para não fosse o fato de que eles simplesmente não envelhecem. A razão para isso é o material formador dos anéis (ou anel, ou algo parecido, não me lembro bem) que rodeia o dito planeta. E é esse material que os Son'a anseiam, só que para isso eles têm que exterminar com toda a vida do planeta. Bom, não vou contar quem são os Son'a, mas eles são maus, são tecnologicamente avançadíssimos, e têm ao seu lado um almirante da Federação encobrindo toda a jogada. Claro que Picard descobre tudo, e decide se insurgir contra as ordens de seu superior, daí o título do filme. Com uma grande história por trás, ótimas cenas de ação, e uma cena de Picard dançando um ritmo caribenho, é um filme altamente recomendável. Encerro com uma pergunta feita pelo Capitão como respota à exclamação do Almirante Dougherty de que eles estariam 'apenas' movendo seiscentas pessoas:

"Quantas pessoas seriam preciso, almirante, antes que se tornasse errado, hmm? Mil? Cinquenta mil? Um milhão? Quantas pessoas seria preciso, almirante?"

sábado, 4 de julho de 2009

Morreu...

Como homenagear um cara que, vida pessoal à parte, era soda. Michael Jackson foi sodão. O mais soda da música dos últimos tempos, mesmo sem fazer nada de música há uns 10 anos ou mais.

Resolvi fazer diferente. Ao invés de mostrar o cara, vou mostrar a marca do cara na mídia. De maneira engraçada, claro, que de séria já basta a porcaria do dia-a-dia. Logo no começo do blog coloquei uma lista de vídeos (que por sinal estão misteriosamente com os links quebrados ¬¬), e dois deles lá no meio, de um tal Weird Al Yankovic, já parodiavam aquele que seria chamado de 'o rei do pop'. Vou colocar somente o link direto pro tubão porque parece que o Al desativou a incorporação de todos os vídeos completos dele que eu achei. Mas também é só clicar. Larga de ser preguiçoso(a), bolas!

O primeiro aqui é Fat, parodia de Bad. Tem gente que não gosta desse vídeo, mas eu o acho hilário. Cada detalhe do video de Scorcese foi declaradamente e descaradamente debochado aqui, com um resultado muito bom.

Eat It tira uma onda com Beat It. Como se precisasse. Tá tudo lá.. as gangues ridículas que se enfrentarão no final do clipe; o pijama de teclado do cantor, a imitação superdesenvolvida da respiração de porquinho, como diria Marcos Mion. Só faltava arranjarem mesas de sinuca sem caçapa, como no original.

Pra encerrar, vai o Thriller de uma maneira no mínimo inesperada. Um abraço a todos.